terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo.
Porque não interroga nem se espanta ...
Se eu interrogasse e me espantasse,
Não nasciam flores novas nos prados.
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo...
Mesmo se nascessem flores novas no prado,
E se o sol mudasse para mais belo,
Eu sentiria menos flores no prado
E achava mais feio o sol ...
Porque tudo é como é... e assim é que é!
E eu aceito, e nem agradeço...
Para não parecer que penso nisso...


(Alberto Caeiro....claro está!)


P.S: E embora não tenha os olhos azuis como ele, tenho-os de um verde-agora-tranquilo.... os diálogos que mantive de mim para mim sempre deram o seu fruto e sinto-me bem e em paz!!! "Tudo flui...."

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